Na última quinta-feira, dia 23 de novembro, a diretora-geral do iDeclatra, Mírian Gonçalves, apresentou o projeto do Museu da Democracia de Curitiba para a professora emérita da USP, a filósofa Marilena Chaui que aprovou a proposta e manifestou o seu apoio. “Iniciativa como esta faz bem para o meu coração, para a minha alma. Fico muito feliz em participar. Eu tenho confiança, eu acredito nesta ideia”, afirmou. O encontro aconteceu na USP e contou com a participação das professoras de filosofia da UFPR, Isabel Limongi e da USP, Silvana de Souza Ramos, das especialistas na área cultural Ana Cândida Baesso, Letícia Santiago e da assessora de comunicação do projeto do iDeclatra, Kelen Vanzin.
Para o instituto Declatra é uma grande honra ter a participação da professora Marilena Chaui no projeto do Museu da Democracia, declarou a diretora-geral, Mírian Gonçalves.
É de alta relevância o pensamento de Marilena Chaui para a democracia brasileira, sendo uma das maiores filósofas da América Latina (Mírian Gonçalves, diretora-geral do iDeclatra)
Ao abordar a temática, Chaui aprofunda o conceito de sociedade democrática que intervém em cada passo do processo de construção e assim legitima e institucionaliza a democracia. “Esta é a maneira pela qual a história se cumpre”, afirmou. A professora também ressaltou a importância dos questionamentos como “que democracia é a nossa?”, “por onde ela passa?”, “como se institui?”. E ainda reiterou o papel fundamental do estudo de suas contradições, um ponto que chamou a atenção da filósofa em relação ao projeto do Museu da Democracia. Nele, centra-se nas contradições da democracia brasileira tendo Curitiba como um laboratório social ao se destacar episódios da história da capital como o lançamento da campanha nacional pelas “Diretas Já” em 12 de janeiro de 1984 na Boca Maldita e, trinta anos depois, enquanto sede da Operação Lava jato que fragilizou o Estado Democrático de Direito.
